O leite faz parte da lista dos alimentos que não podem faltar na mesa do brasileiro. Mas você sabia que ele é cercado de mitos? Pois é! Foi o que aprendi com a nutricionista Mônica Menezes, convidada da última edição do Upgrade com Olivia Libório, programa que comando todas as terças e quintas na Rádio Transamérica. No ar, ela - que desenvolveu um programa alimentar batizado de Alquimia da Nutrição - desmistificou esse alimento tão consumido e tirou dúvidas dos ouvintes. Para quem perdeu, aqui ficam algumas dicas. Confiram no bate bola abaixo:
Olivia Libório Entrevista: Dra. Mônica Menezes
Olivia Libório Entrevista: Dra. Mônica Menezes
Olivia Libório: Quais os principais equívocos em relação ao leite como fonte alimentar?
Mônica Menezes: O principal equívoco com relação ao leite é a crença de que o mesmo é um alimento fundamental para saúde óssea devido ao seu alto conteúdo de cálcio. Em segundo lugar é a não reflexão de que a natureza é sábia e que este alimento foi feito perfeitamente para o bezerro e não para o ser humano.
OL: O leite possui contra indicações?
MM: O leite é contra-indicado para problemas respiratórios como rinite, sinusite, bronquite, asma; além de câncer, refluxo gastroesofágico, gastrite, acne, síndrome do ovário policístico, intolerância a lactose e litíase renal ("cálculos renais").
OL: Em relação à saúde óssea, que alimentos substituem o leite, com bom aproveitamento de cálcio?
MM: O leite pode ser substituído por leite de aveia e amêndoas, aveia, soja (para quem não tem hipotireoidismo), pensando no substituo de um líquido compondo a refeição. Já pensando no cálcio e nos outros nutrientes que trabalham juntos ao cálcio, temos: folhas verdes escuras (ex: couve e brócolis), gergelim, linhaça, açaí. No que diz respeito ao potássio, pode-se adotar frutas como melão, banana e laranja. Em relação ao magnésio, as oleaginosas (castanhas, amêndoas), as folhas verdes e as leguminosas (feijão, ervilha, lentinha) são boas substitutas. Para se obter zinco e cobre pode-se apostar nas castanhas e nas leguminosas, para o silício, na veia e em outros cereais integrais, e para o boro, nas frutas secas, principalmente ameixa. O manganês pode ser obtido nos grãos integrais, leguminosas e nozes e a vitamina C nas frutas cítricas, goiaba, caju e pimentões.
OL: Qual seria, em termos quantitativos, o consumo ideal de leite para um adulto?
MM: O fato é que não necessitamos do leite na vida adulta, ou seja, podemos viver muito bem sem ele. Mas, considerando que as pessoas se habituaram ao seu consumo, que se tem um número grande de preparações com o leite como ingrediente e que hábitos não se mudam de uma hora para outra, é preciso conhecer as novas possibilidades de preparações, diminuindo o consumo gradualmente, até chegar ao consumo eventual ou até à sua retirada total da dieta. Enfim, o leite não precisa estar no planejamento de nossa rotina alimentar. Isso, também vale para crianças.
Quem quiser saber mais pode acessar o blog da Dra. Mônica, que sugeriu a leitura de dois posts em especial: Leite realmente é um alimento fundamental para a nossa saúde óssea? e Harvard refere redução de leite e derivados para uma dieta saudável.
0 comentários: